Octavio Brandão 1977

sábado, 3 de setembro de 2016

CCOB CONVIDA





No próximo sábado, dia 3 de setembro, às 16h, o Centro Cultural Otávio Brandão, realizará uma palestra com um Professor e uma estudante mexicanos, ativistas contra a reforma educacional imposta pelo governo racista e antioperário de Penã Nieto que preside um país dominado por quadrilhas legais e ilegais que promovem um verdadeiro massacre dos povos indígenas e também de ativistas sindicais, como se viu em 19 de junho em Nochixtlán, Oaxaca.

Nochixtlán é uma antiga vila comunal, que existia antes da invasão, entre duas estradas: a auto-estrada que liga a capital de Oaxaca com a capital, e a estrada "livre" que liga os municípios do norte do Estado.

Uma junção de estrada estratégica, o que torna esta cidade epicentro de protestos políticos. Foi o que aconteceu em junho quando um grupo de cerca de 30 professores bloquearam este ponto para exigir a anulação da reforma educacional.
Até domingo 19 de Junho, às 7h30, quando 800 policiais (metade estadual e outra metade federal) foram para lá para "liberar" a estrada. ''A Polícia disparou impiedosamente", acusa a CNTE (Coordenadora Nacional dos Trabalhadores em Educação). "Não foi uma abordagem nada dialogada, nem mesmo houve uma ameaça, e nem disseram 'saiam!'. Nada. Simplesmente atiraram", disse um professor a um jornal local. A população local veio manifestar-se contra a repressão e foram atacados também. Houve então mais mortos e feridos.

Os nomes das vítimas assassinadas pelos policiais: Andrés Aguilar Sanabria, professor de Educação Indígena; Yalid Jiménez, de 29 anos de idade, indígena de Santa María Apazco; Óscar Nicolás Santiago de 22 años, de Flores Tilantongo; Anselmo Cruz Aquino, comerciante de Santigo Amatlán.
Além desses tombaram na luta, Jesús Cadena, de 19 anos de idade, estudante de Nochixtlán; Oscar Aguilar Ramírez; Omar González, indígena de Palo de Letra, Tlaxiaco; Antonio Pérez García, estudante secundarista; César Hernández Santiago; Silverio Sosa Chávez, camponês de San Pedro Ñumi, Tlaxiaco; e Juván Azarel Mendonza de 18 anos.

Durante um funeral, sem confronto, a Polícia aproveitou para deter 23 e dentre eles 18 afirmam que não estavam envolvidos nas manifestações. Em outros protestos no pais contra o massacre vários também foram detidos.
Por isso a luta prossegue. Os familiares dos 43 desaparecidos em Iguala continuam buscando seus filhos.


Os membros da CNTE anunciaram vários bloqueios, em 20 de agosto, entre os quais o da estrada que liga Nochixtlán com Oaxaca, Michoacán e alguns outros em Tuxtla Gutierrez. Em Acapulco, o CETEG bloqueou um shopping. Houve também um ato de mais de 120 mil manifestantes, após as declarações do presidente contra a greve ativa dos professores.